O mundo está a evoluir, tal como a sociedade. Acolher a diversidade e proporcionar meios a que todos se sintam incluídos é mais do que um dever, um direito de todos os cidadãos. Descubra como os desafios arquitetónicos podem ser ultrapassados, dando acessibilidades a pessoas com a mobilidade física afetada.

A inclusão é um pilar essencial para a construção de uma sociedade mais justa. Segundo dados da Associação Salvador, entidade parceira da Liftech, mais de 1.000.000 de pessoas possuem algum tipo de deficiência ou incapacidade, o que as torna mais suscetíveis aos desafios no dia a dia, principalmente no que à mobilidade diz respeito. Na arquitetura, existem inúmeras limitações dos espaços, que tornam a acessibilidade um tema de relevância. Principalmente, quando estamos a falar de espaços públicos que necessitam de criar condições para todos, independentemente do seu estado físico.

A importância das acessibilidades em Edifícios Públicos

Em Portugal, a legislação que aborda este tema inclui normas específicas que visam garantir a igualdade de acesso e a inclusão para todos os cidadãos. As principais considerações legais relacionadas com esta área são o Decreto-Lei (DL) n.º 163/2006, de 8 de agosto e o Decreto-Lei n.º 307/2003 de 10 de dezembro.

Ambos abordam a acessibilidade em edifícios e serviços públicos, de forma a garantir a inclusão de pessoas com a mobilidade condicionada. Com um âmbito de aplicação semelhante o DL publicado em 2003 estabelece as condições de acessibilidade para edifícios e estabelecimentos abertos ao público ou que prestem serviços públicos, aplicando-se tanto a edifícios novos como a intervenções em edifícios existentes. O DL de 2006 foca-se nas condições de acessibilidade e de não discriminação em edifícios e estabelecimentos destinados a serem utilizados pelo público, com ênfase em normativas técnicas específicas, complementando a informação publicada anos antes, diferindo em termos de detalhes específicos e disposições técnicas, que refletem a evolução das preocupações com as acessibilidades ao longo do tempo.

Os dois decretos de lei descrevem as normas técnicas detalhadas para a construção e adaptação de edifícios, tais como rampas, plataformas elevatórias, percursos acessíveis, portas, corrimões e sinalização obrigatória.

Complementarmente, o Decreto-Lei n.º 58/2006, de 26 de março, aborda as questões técnicas não só para edifícios públicos como também para espaços habitacionais.

Acessibilidades: Principais desafios arquitetónicos

Neste artigo, vamos enumerar apenas os mais comuns e abrangentes obstáculos que podem por em risco as acessibilidades. No entanto, cada local pode trazer desafios adicionais. Em edifícios históricos ou cuja construção já possui alguns anos, o desafio alcança outro nível.

  • Barreiras físicas – Podem apresentar-se de múltiplas formas, tais como piso irregular, escadas íngremes, espaços estreitos, tornando a movimentação em cadeira de rodas impossível.
  • Ausência de elevadores – A ausência de meios mecânicos, tais como um elevador ou plataforma elevatória, para aceder a um piso onde o acesso seja feito só de escadas, exclui as pessoas com mobilidade condicionada de um acesso autónomo.
  • Falta de consciência – Sendo um critério menos objetivo, impacta, de forma significativa, a questão das acessibilidades. Muitas vezes, os projetos ao serem delineados não levam em consideração, na totalidade, as necessidades das pessoas com deficiência.

Soluções inovadoras para desafios arquitetónicos

Face às constantes inovações na área das acessibilidades, o estudo detalhado do espaço, com a equipa certa, que incluirá arquitetos e engenheiros especializados nesta área, torna realidade projetos que, muitas vezes, se julgavam impossíveis. Principalmente, em monumentos históricos, uma boa junção entre as várias áreas, poderá fazer a diferença na vida de muitas pessoas.

A criação dos acessos mecânicos ao Castelo de Leiria é um bom exemplo disso. Com a instalação de vários equipamentos complementares é possível aceder a uma zona de difícil acesso, com autonomia.

  • Plataformas elevatórias São ideais para superar pequenos desníveis, tais como escadas ou degraus de acesso. Com total autonomia, uma cadeira de rodas pode ser movimentada em cima deste equipamento.
  • Homelifts – Apesar de denominados de elevadores residenciais, podem ser utilizados em edifícios públicos com múltiplos pisos. Os equipamentos podem alcançar até 7 patamares. Com um investimento mais baixo que um ascensor tradicional, a gama de acabamentos e possibilidades de personalização, face ao meio envolvente também é maior.
  • Plataformas de escada – Podendo ser instaladas em escadas retas ou curvas e necessitando de pouco espaço para funcionar, é uma boa solução para colmatar as acessibilidades, sem comprometer o resto do espaço. 
  • Cadeiras elevatórias – Este é o único equipamento onde a utilização autónoma não é uma realidade. No entanto, as características do espaço ou o orçamento disponível podem ser a única solução para ultrapassar as condicionantes arquitetónicas. 

Em conclusão…

Investir em soluções de acessibilidade é essencial para a construção de uma sociedade mais inclusiva. Ao implementarmos soluções como as descritas, estamos a, por um lado, superar desafios arquitetónicos e, por outro, a reforçar este conceito. Criar espaços públicos verdadeiramente acessíveis é contribuir para um futuro onde todos podem participar plenamente nas interações sociais, independentemente das suas capacidades físicas.

Este compromisso não beneficia apenas os cidadãos com deficiência, mas enriquece toda a sociedade como um todo, promovendo os valores de igualdade, respeito e inclusão.

A Liftech, com a sua equipa especializada em soluções de acessibilidade, pode ser o parceiro ideal para projetos deste tipo. Se necessitar de mais informações, estamos ao dispor, através do +351 229 432 830 ou info@liftech.pt

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